sexta-feira, abril 29, 2005

Eu sou uma pessoa extremamente repetitiva. Em tudo.

Por exemplo, os assuntos do blog. Deve ter mais de um post com fofofocas, mais de um post com placebo, mais de um post com smiths e mais de um post com kundera.

Milan com certeza é um dos meus assuntos favoritos. Me intriga muito o fato dele ser um bom, até mesmo muito bom escritor e não ter conseguido ser "Uau! que escitor miseravelmente bom". Mas, sabe, ele tinha tudo, tudo mesmo, pra ser miseravelmente bom. Por erro de simploriedade, ele se lascou. Podia está do lado de Fiódor e de Leão, mas não. Está do lado de John Fowles e Aldous Huxley.

Aldous, por outro lado, também é um dos meus assuntos favoritos. Tipo, o livro mais famoso dele, aquele do disco da Pitty, tem um argumento interessante, uma coisa assim "Geoge Orweel, seu ridículo, isso aqui funciona bem melhor! Toma!", mas...mas, vamos combinar, ele é um escritor fraquinho. Sabe, não adiante ter uma idéia massa e ter um texto convencional, simples, fraco. O contrário também vale, como é o caso de alguns livros de Kundera. Kundera tem uma escrita muito boa, saborosa até. Mas, por vezes, se perde em simplificações filosóficas. Por isso, que se eu fosse amiga dele diria: "Mi, deixa disso, rapaz! Constrói os personagens, que isso tu sabe fazer, deixa essas filosofices de lado, galego!". Mas veja só, os melhores livros de Kundera, A insustentável e a Imortalidade, têm muitas filosofises e de um modo esplêndido. Então, o conselho certo seria: "Acerta a mão, Mi!", porque, quando ele faz a dosagem certa, ele está entre os grandes. Quando ele erra, está ao lado de Aldous. Com os médios.

****

Até quando eu vou falar que sou repetitiva, eu repito tudo que já escrevi antes.

Sem comentários: